Nota à população - Por condições de trabalho aos militares estaduais

Os policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte estão na linha de frente no combate à Covid-19 (novo coronavírus). O mínimo que se espera é que tenham as condições adequadas para o trabalho

Os policiais militares e bombeiros militares do Rio Grande do Norte estão na linha de frente no combate à Covid-19 (novo coronavírus). Eles continuam cumprindo o seu dever de proteger, servir, socorrer e salvar pessoas e bens. Trabalham diuturnamente na guerra contra a violência e, agora, também para a preservação da saúde do cidadão potiguar. 

Diante da intensificação dos trabalhos e do risco de contaminação destes profissionais (já são vários os casos de militares infectados), o mínimo que se espera é que tenham as condições adequadas para o bom desenvolvimento dos trabalhos. 

Lamentavelmente, não é o que está acontecendo no RN. Há casos de policiais que, durante o serviço, não têm sequer acesso a água. Precisamos, como todos aqueles que estão na linha de frente, de Equipamentos de Proteção Individual (EPI's), de uma rotina de desinfecção das viaturas, das instalações e dos equipamentos. Não bastassem vários riscos inerentes à atividade de Segurança Pública a que os militares estão expostos rotineiramente, acrescenta-se agora o risco real à saúde do militar.

Os militares estaduais têm clareza dos riscos e consciência da importância do seu trabalho. Continuam honrando o compromisso assumido solenemente de proteger, servir, socorrer e salvar “mesmo com o risco da própria vida”. Contudo, precisam, para bem cumprir esse dever, que o Governo do Estado reconheça de fato a importância e o valor dos policiais militares e bombeiros militares do Rio Grande do Norte.

O fornecimento de Equipamentos de Proteção (EPI’s), de alimentação e de água é obrigação elementar que raramente o Estado consegue cumprir. O mínimo que se espera é que os direitos estabelecidos em lei sejam integralmente cumpridos. A pandemia é o maior de todos os inimigos que esta geração se vê obrigada a enfrentar, mas não pode, sob hipótese alguma, servir de escudo para o descumprimento da lei e a implementação de direitos consolidados. 

Além disso, centenas de militares estaduais, promovidos em agosto e dezembro de 2019, bem antes da crise sanitária se instalar em nosso estado, aguardam pacientemente e quase que incredulamente, que seus salários sejam regularizados de acordo com as suas novas graduações. 

Promoções ocorridas em 2019, muito antes do surgimento do primeiro caso de Covid-19 no mundo, não foram consolidadas com a atualização do salário e o Governo do Estado usa a crise sanitária para silenciar e empurrar a solução do problema para sabe-se lá quando.

Não estamos pleiteando nenhum absurdo. Não estamos discutindo as distorções entre as carreiras de Segurança Pública. Pleiteamos que se cumpra o mínimo esperado. Estamos na linha de frente em mais uma guerra que a população do Rio Grande do Norte está enfrentando. Entendemos como razoável que o Governo do Estado cumpra com o mínimo para quem está fazendo o máximo.

Associações Representativas de Policiais Militares e Bombeiros Militares do Rio Grande do Norte


Outras Notícias